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Bicicletas elétricas viram moda em cidade no noroeste paranaense

  • simplionline
  • 2 de out. de 2014
  • 3 min de leitura

Globo.com - Outubro 2014

Por medo de fazer a CNH, moradores optaram pelo veículo sustentável. Município já possui aproximadamente 100 bicicletas elétricas, diz DITRAN.

O vendedor de pães Elias da Silva, de 44 anos, tentou fazer a carteira de motorista por três vezes, mas, como reprovou na fase teórica, acabou desistindo da habilitação. Para não parar de trabalhar, o vendedor de Paranavaí, no noroeste do Paraná, decidiu comprar uma bicicleta elétrica há um ano. A escolha deu tão certo, que, diariamente, Silva percorre 40 km entregando os produtos que ele mesmo produz. "Se não fosse essa bicicleta não teria como vender os pães e ter uma renda no fim do mês. Só gasto com ela quando preciso trocar alguma peça, fora isso ela me ajuda muito", diz. O único problema, segundo Elias, são as ruas esburacadas e a falta de amortecedores.

A bike elétrica também é sinônimo de independência. A aposentada Madalena Tizziane comprou o veículo há dois anos, mesmo tendo carteira de motorista. O marido dela tem carro, mas sempre quando precisava do veículo não podia usar. Por isso, a bicicleta surgiu como uma alternativa saudável, sustentável e econômica. “Eu não tinha dinheiro para comprar outro carro, mas precisava de um veículo para fazer as minhas coisas. A bicicleta elétrica foi a melhor opção”, pontua a aposentada. “Hoje, eu já não troco a bichinha por nada. Ela [bicicleta] me leva para a hidroginástica, para o mercado, consigo passear com os meus netos, olha é uma beleza”, acrescenta Madalena.

Mesmo tendo características propícias para o uso desse tipo de transporte - Paranavaí é conhecida pelas temperaturas elevadas e por ser uma cidade plana - poucos moradores decidiram investir nesse tipo de veículo. De acordo com a Diretoria de Trânsito (Ditran), há aproximadamente 100 bicicletas como essa circulando na cidade e a maioria dos proprietários tem mais de 50 anos.

Para o proprietário de uma loja de bicicletas da cidade, Sérgio Paulo Farias Dias, o preço ainda assusta. “Em média, uma bike boa custa entre R$ 3 mil e R$ 4.500 e não é possível financiá-la. Claro, que se comparada com uma moto ou um carro é bem mais barata, porque não precisa gastar com documentação, como emplacamento, IPVA e seguro. Mas, se a decisão for entre uma comum e a elétrica, a maioria fica com a comum”, explica Dias.

Os proprietários escolhem as bicicletas elétricas pela comodidade e rapidez de utilização. Esses veículos não são alvo de fiscalizações. Mas, de acordo com a Ditran a utilização de equipamentos de segurança é primordial. “Nós recomendamos aos usuários que eles não deixem de utilizar os equipamentos de segurança e que façam de tudo para serem vistos no trânsito, como, por exemplo, usar o braço para sinalizar o lado que vai virar”, analisa o gerente da Ditran, Gabriel dos Santos. "Como ainda não há uma regulamentação nacional, ainda estamos avaliando como proceder com esse tipo de veículo", acrescenta o gerente da Ditran.

Enquanto as bikes de Elias e de Madalena são mais simples, o veículo da empresária Maria Aparecida Granero, de 56 anos, é um modelo mais novo e se parece com uma moto com pedais. Dirigir carro ou moto nem passa pela cabeça da empresária, ela tem medo. Já dirigir a bicicleta é uma diversão. "O meu filho já ofereceu o carro dele, mas eu tenho medo e não penso em dirigir. Agora, com a minha bicicleta eu vou para todos os lados. Já fui até para Tamboara que fica 40 km de Paranavaí", conta a empresária. O modelo adquirido por Maria Aparecida não se parece com as bicicletas tradicionais, mas ela garante que o veículo colabora com a sustentabilidade e promove uma vida saudável.

“A única coisa ruim de andar de bicicleta em Paranavaí é o asfalto. Praticamente todas as ruas estão esburacadas, o que dificulta bastante a movimentação”, critica Madalena Tizziane. “Ela não é muito resistente. Como eu ando muito e, na maioria das vezes não consigo desviar dos buracos, gasto muito com manutenção. Ela seria perfeita se tivesse amortecedores e as peças fossem mais resistentes", detalha o vendedor Elias da Silva.

Mecânica

A bateria da bicicleta pode ser conectada em qualquer tomada (tanto a de 110 volts ou 220 volts) e, depois de carregada, dá para percorrer uma distância de 30 a 40 quilômetros. Os modelos mais novos possuem três marchas, retrovisor, buzina, farol, setas de sinalização e pedais. Já os modelos mais simples, têm apenas a cestinha e o motor. Essas bikes, como as de Madalena e de Elias, não trocam de marchas. Quando a velocidade diminui, o ciclista acelera com a ajuda dos pedais. Falando em velocidade, a bicicleta não passa dos 40 km/h.

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